Não à Crise como um
estado de espírito!
Ela é um vendaval que há-de
passar.
Mãos à obra!
O Chapitô,
na sua estratégia de produção e
divulgação cultural, deu início a mais uma temporada. De Outubro de 2012 a Julho de 2013, o
Chapitô e a vizinhança vão encher-se de circo, magia, teatro, música e
pensamento, tornando-se o foco de animação cultural desta zona histórica.
Trazer
à pista, à tenda novos projectos, ao mesmo tempo que são acolhidos grandes
nomes do panorama artístico nacional, é o mote para reforçar o ânimo de uma crise e o ritmo cultural do Chapitô e do Bartô – que se mantém com uma das programações mais regulares,
diversificadas e interessantes de Lisboa. A isto, aliamos a preocupação de convidar
a classe artística e captar e sedimentar os mais
variados públicos que contribuam
para o sucesso deste espaço multicultural.
* Outubro trouxe à cena a peça Guarda-Sopros,
pelo colectivo “Acho-te uma Graça”. Reforçando a parceria com outras estruturas
de produção teatral, entre 4 e 14 de Outubro, esta encenação do conceituado
actor João Ricardo contou com a
interpretação de José Graça e Carlos Pereira, a partir do texto de Sofia Brito.
Uma história de dois homens que inventam a alegria dos dias tortos num tributo
aos Faz-Tudo e às soirées de Circo dos nossos avós. E assim voltamos a
encontrar os ex-alunos desta casa, os fazedores desta PEÇA TEATRO.
* Novembro recebe O
Ciclista, a partir de textos de Karl Valentin, uma encenação de Maria João Luís para o Teatro da Terra. Entre 16 e 25 de
Novembro, de Sexta a Domingo às 22h, Elsa Galvão, Maria João Luís, Pedro Mendes
e João Fernandes redescobrem, em cima de vários triciclos, este autor maior da
dramaturgia alemã, conhecido pelo seu humor corrosivo e irreverente.
Esta
é a assinatura da casa Chapitô.
* Dezembro é tempo da Companhia do Chapitô incubar mais uma
criação. Depois de uma grande digressão nacional e internacional, o
regresso a casa traz consigo o seu contributo financeiro para economia social
do projecto e marca o início dos ensaios que darão origem a Macbeth.
* Janeiro
é o mês da estreia de Shakespeare que se enquadra, uma vez mais, na linha criativa da Companhia ao
responder ao seu interesse pelas potencialidades dramatúrgicas respondendo aos
textos clássicos … e não podíamos estar mais curiosos.
2013 não podia começar da melhor maneira – com a estreia da
nova criação da Companhia do Chapitô.
* Dezembro é igualmente o momento de levar alegria àqueles que a sociedade esquece
e que são também cidadãos deste país. Os Natais
Solidários do Chapitô são feitos nos Centros Educativos, com os jovens; com
a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com os sem abrigo e com os idosos.
* Em Fevereiro,
Sábado, dia 9, os “foliões” do
Chapitô saem à rua para mais um Desfile
de Carnaval, em parceria com a EGEAC, que envolve várias Juntas de
Freguesia, Associações e artistas convidados.
*Março vai ser VERDE! E mais não digo para não estragar a
surpresa dos canteiros nas mãos dos jardineiros…
*Abril de 2013 é o mês do Ciclo Mulheres Palhaço, na sua 6ª
edição, agora dedicado aos países do norte
da Europa. A divulgação da arte ancestral do circo é o que nos move. Da
estética mais tradicional à mais contemporânea, as artistas que receberemos são
singulares na sua “voz” e fisicalidade. Conferências, cultura social e
afirmação artística, cinema, música e animação na esplanada são a criação de um
Fórum. A direcção está traçada…e convidamos o norte da Europa para o diálogo.
E
porque o 25 de Abril é símbolo da
cidadania, neste dia abrimos portas a mais uma grande produção que homenageia a
Liberdade e as artes circenses, num espectáculo em que circo, música, teatro e
dança se conjugam entre o céu e a terra nos corpos falantes dos intérpretes.
Os meses que se seguem não são menos ricos em
actividades: a EPAOE – Escola
Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo entra em cena com
espectáculos que já são eventos incontornáveis na agenda cultural da cidade de
Lisboa, este ano com a temática “!Ser Cidadão?”:
* Maio, Junho e Julho são palco para a EPAOE – o 1.º ano com a apresentação ao
público da Mostra Técnica, o 2.º ano com a estreia fora de portas do
Exercício-Espectáculo e o 3.º ano com as Provas de Aptidão Profissional. O
futuro do Circo nasce, a cada ano, no Chapitô!
*Junho
e Julho não estariam completos sem os espectáculos dos Cursos de Fim de Tarde: Teatro, Técnicas Circenses, Capoeira,
Malabarismo… em que os alunos se reúnem para a celebração de um ano de
aprendizagem a que se juntam agora as turmas dos novos cursos – ainda em fase
de inscrições:
· Lígia Roque, actriz, propõe um Laboratório de Teatro para jovens
actores e profissionais do espectáculo;
·
Ana
Ribeiro, Sâmara Botelho, Pedro Nascimento e Gérald Oliveira, introduzem um
espaço de Treino Avançado em Técnicas
Circenses;
·
Luís Reis, artista formado em
França, lidera as Técnicas de Manipulação.
Não deixem de acompanhar o site,
blog e redes sociais - janelas para um dia-a-dia preenchido e
revigorante. O desdobrável mensal atesta a vitalidade da Casa, por excelência
um espaço de encontro de culturas. E a Loja-Galeria
e o Quiosque acompanham esta onda de
energia com produtos exclusivos e novas caras para receber quem nos visita, das
biodiversidades às bebidas exóticas feitas em casa…
…ao Chapitô à Mesa, que nos convida a
deliciosos repastos com os petiscos de vinho e queijo e a apreciarem as
continuas surpresas.
O
Chapitô cria ambientes mágicos que transportam o espectador e os parceiros para
mundos fantasiosos. O contexto económico é adverso e os desafios são redobrados
mas, enquanto agentes criativos e participativos na construção do tecido
cultural e social, criamos valor para a
Economia Nacional. Valorizar a criação nacional, lançar novos artistas,
divulgar as artes e ofícios tradicionais, reforçar parcerias e reabilitar o
bairro histórico em que nos inscrevemos (dias 3 de Novembro e 1 de Dezembro
estamos no Castelo de São Jorge pela batuta da Teresa Oliveira com o Animatus - com ex-alunos e encenação de
Jorge Gomes), são alguns dos instrumentos para o objectivo maior que é a
valorização da identidade individual e colectiva através da inclusão pela arte
- eco da nossa missão fundadora.
Como
conseguir esta utopia que é o Chapitô e sobreviver neste desalinho em que se
encontra a Europa e Portugal? Fica a questão. Estamos vivos e… ”no arame”, mas
com a mesma vontade de sobreviver e a mesma determinação em desenvolver. Yes,
we can!
Não
somos nenhuns super-heróis. Mas, de facto, e quase num número de magia, continuamos de pé e por cima – levitando!
Teresa
Ricou
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