segunda-feira, 16 de julho de 2012

Editorial Agenda Julho 2012

A sociedade somos nós. Inspiremo-nos.

Poetas, artistas de circo, actores, escritores, pintores e todos os outros. O Mundo pertence-nos…transformemo-lo!

Criar acontecimento é darmo-nos oportunidade de realizar e concretizar projectos. O Chapitô é exímio em conseguir impossíveis. Inventamos e criamos estruturas e programas para que cada aluno e colaborador se desenvolva artisticamente e aplique as suas competências em pleno. E temos mercado de trabalho! Quando me afastei da minha profissão de palhaço, trabalhei para isso. Dando asas à imaginação, criei espaço no mercado para os novos talentos do Circo. Agarro-me aos sonhos não resolvidos de cada um e desafio-os a agarrar as oportunidades, dia-a-dia.
Ao mesmo tempo, debato-me com as novas tecnologias, que se apoderam do mundo. Falo dos palcos do mundo virtual, muitas vezes fictícios, que nos afastam da Pista da vida. As pessoas perdem referências… A EPAOE tem noção disso e age no sentido de proporcionar uma formação técnica e artística completa, fortalecendo laços pessoais. Laços que humanizamos de uma forma sólida no grupo de jovens profissionais que este mês lançamos ao mundo! Para os que partem – a turma do 3.º ano –, aconselho a que não deixem de sonhar e apostem na realização, com vontade e determinação.

Só o Céu é o limite e ele não acaba nunca.

Para os que voltam, façam-no com firme convicção de que é uma decisão vossa o caminho das artes. Ele é longo e tortuoso, mas se Beethoven compôs a 9.ª Sinfonia quase surdo, vocês, em plena actividade, hão-de lá chegar…cheios de optimismo.
Não se assustem com a crise!, aconselho-vos. A crise que vivemos é sobretudo uma crise de valores. Este é apenas um alerta. Diário. Na sala de aula, na pista e na rua.
Uma determinada geração está toda instalada em gabinetes longe da realidade, mas é no terreno que aprendemos o que fazer, assente num plano estratégico de intervenção. Sou cúmplice de quem pede “ajuda” para juntos criarmos soluções de vida sustentáveis, olhando o Presente de uma forma pragmática e optimista, o Futuro com esperança e sem conformismo.

Todos temos de estar implicados. Reclamar por reclamar não leva a nada. Reclamar para reformular é que é. A isto chama-se Educar para a Cidadania.

P.S.: E porque nos aproximamos de mais umas férias de Verão, faço um repto: Desliguem os telemóveis, Ipads e engenhocas afins, deixem os computadores em casa e partam à descoberta de vós mesmos, algures pela Natureza.

Teresa Ricou

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