Clara Andermatt, coreografa esteve ontem no Chapitô e veio acompanhada dos seus amigos.
São muitos os caminhos e as paisagens que constroem os gestos do corpo de Clara Andermatt, mas há sempre um desejo comum: aproximar-se da pessoa, da diferença de cada indivíduo.
Foi assim no período de Cabo Verde, iniciado com «Dançar Cabo Verde», em 2004, e continuado com «Uma História da Dúvida» e «Dan Dau». Mas também tem sido assim mais recentemente, nos últimos anos, com a comovente «Natural» (peça criada para a Company of Elders, composto por pessoas com mais de 60 anos, do Sadler’s Wells) ou «O Grito do Peixe» (criado no encontro entre bailarinos e músicos profissionais e estudantes de uma escola do secundário de Olhão, com idades entre os 13 e os 16 anos)
ou ainda «Levanta os Braços como Antenas para o Céu» que criou com o grupo da madeira de dança inclusiva, Dançando com a Diferença.
É um pulsar humano que lhe habita as peças que constrói, e que se faz desse corpo que nos toca, porque se mantém próximo da pessoa que cada um é, mas que também respira muito de uma inspiração musical, que expande o gesto para temperamentos menos dóceis do sentir. A música e a a natureza não deturpada da pessoa são dois elementos fortemente característicos da dança de Clara Andermatt.
Cláudia Galhós
2 comentários:
Eu também estive lá
Eu também estive lá!!!
Estive com amigos e reencontrei outros amigos :-)
Tive pena de não ter ficado para a "reunião musical" no tanque, mas já sei que foi boa!
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